Por José Eugênio Guisard Ferraz, atleta master do Fluminense Football Club, associado ABMN n.705
Acho que cada nadador master gosta mais de um ou de outro aspecto do nosso esporte. Alguns não querem saber de competições preferindo ficar só treinando. Outros adoram competir, chegando a viajar para lugares distantes para disputar uma prova de natação. Eu gosto de competir, gosto mesmo. E uma boa competição, para mim, não é completa se não tiver uma boa prova de revezamento.
Essa é a hora em que nos encontramos como equipe, e também o momento em que mais torcemos pelo nosso clube. Basta escutarmos a gritaria para termos certeza de que uma prova de revezamento está em andamento. Lembro-me bem de alguns desses revezamentos, que foram notáveis por algum motivo. Seja por termos ganho a prova, ou batido um recorde, ou mesmo por ter acontecido uma mancada homérica.
Comecemos pelos erros. Tivemos o caso do colega que saindo de costas num revezamento medley, ao aflorar à superfície saiu na raia ao lado, e não na sua. Como tinha um excelente nado submerso, saiu bem na frente do competidor dessa outra raia. Não percebendo o acontecido continuou a nadar até completar os 50 metros e ser recebido pelos juízes que o desclassificaram no ato. Ele ainda reclamou que no final das contas não tinha prejudicado ninguém – tinha somente tomado emprestado a raia do lado por algum tempinho…
E todos nós conhecemos algum colega que já se esqueceu da saída ao ficar batendo papo na arquibancada bem na hora do revezamento, apesar dos gritos da sua equipe chamando-o, algumas vezes, até pelo alto falante… Mas talvez o recorde da falta de atenção tenha sido do colega que estava na equipe A do seu clube, na raia 4, enquanto a equipe B estava na raia 5. Alheio ao andamento da prova, só se tocou que estava na sua hora de nadar quando começaram a gritar por seu nome. Correndo subiu no bloco da raia 5 e imediatamente saiu quando o colega tocou na borda. Resultado, as duas equipes do seu clube foram desclassificadas…
Porém o que também recordamos com satisfação são os revezamentos vencedores. Aqueles que bateram recordes ou que vindo de trás conseguiram alcançar o adversário na última braçada…
Eis alguns desses episódios na minha coleção particular:
REVEZAMENTOS BRASILEIROS COM RECORDES MUNDIAIS
Em 2010 tínhamos no Fluminense uma boa equipe masculina para o revezamento 280+ medley. A FINA tinha passado a reconhecer naquele ano, oficialmente, os revezamentos 4x100m e 4x200m, e percebemos que poderíamos bater o recorde mundial do revezamento medley. Preparamo-nos para tentar o recorde no Campeonato Estadual de Inverno a ser realizado no Botafogo, em 25 metros, no final de junho. Infelizmente, logo ao iniciarmos a competição um colega nadador passou mal, vindo inclusive a falecer o que fez com que a competição fosse cancelada. Tristes pela perda do colega e pela tentativa de recorde que se viu frustrada, pedimos que a FARJ marcasse uma data especial para tentarmos novamente.
Isto aconteceu numa competição da garotada duas semanas depois, em 11 de julho, também na piscina do Botafogo. Confesso que nós estávamos nervosos, pois a competição dos meninos, num dado momento, foi paralisada, e a nossa tentativa de recorde foi anunciada pelo locutor… Todas as atenções ficaram voltadas para os quatro veteranos com idades para serem avós dos garotos. Mas lá fomos nós, na raia 4. Henrique Flanzer abriu o revezamento nadando costas em 1’32”, Rinaldo Ferreira continuou de peito em 1’29”, seguido do Gyorgy Pavetits de borboleta em 1’23”. Eu fechei a prova nadando livre em 1’07”. Novo recorde mundial com 5’33”78, cerca de 40 segundos mais rápido que o recorde anterior.
Foi nesse momento que percebemos a vibração dos garotos na arquibancada – vários desceram, alguns com seus pais, para nos cumprimentar. Só faltou começarmos a dar autógrafos… A repercussão foi impressionante. Fomos assuntos na televisão e na imprensa, entrevistados pela Rede Globo com direito a alguns minutos no Jornal Nacional e no SporTV…
Com nosso sucesso, a ABMN decidiu incluir os revezamentos 4X100m e 4X200m nos campeonatos brasileiros daí em diante. Em consequência outras equipes brasileiras também conseguiram estabelecer novas marcas mundiais. Nossa própria equipe nadou o 4x100m medley, e também o 4x100m livre, no campeonato brasileiro, em piscina de 50 metros, que aconteceu em novembro de 2010 na piscina do Náutico em Fortaleza, Ceará, batendo o recorde mundial nesses dois eventos – – 5’45”93 no medley e 5’13”28 no livre. Henrique Flanzer estava com 75 anos, Rinaldo com 73, Pavetits com 70 e eu, o mais jovem, com 65.
Em 2011 nossa equipe foi modificada com a entrada do Antonio Orselli e do Ondamar Silva, substituindo Henrique e Rinaldo. Nesta nova formação conquistamos o Recorde Mundial dos 4×200 livre no Campeonato Brasileiro realizado na piscina de 25 metros do Rádio Clube em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com o tempo de 11’19”67. Pavetits abriu com 2’48”, Orselli continuou com 2’52”, Ondamar fez em seguida 3’04” e eu fechei com 2’34”.
Continuamos com essa mesma formação em 2012, e no Campeonato Brasileiro, na piscina de 50 metros do Clube Duvel, em São Luiz no Maranhão, batemos dois recordes. O dos 4x100m livre e o dos 4x200m livre, 280+, em 19 e 21 de abril. No 4x200m livre fizemos 11’28”40, novo recorde. Pavetits abriu com 2’50”59, Orselli continuou com 2’48”32, Ondamar fez 3’06”75 e eu fechei com 2’42”70. No 4x100m livres a história foi outra, pois o recorde que tinha sido nosso, com 5’13”28, já fora batido por uma equipe russa com 4’56”54. A tarefa era difícil, mas conseguimos o recorde por 14 centésimos de segundo, pois fizemos 4’56”40, com Pavetits fazendo 1’12”19, Orselli 1’13”32, Ondamar 1’22”69 e eu fechando com 1’08”20.
E em São Luiz, agora recebendo os parabéns dos dirigentes da ABMN – Carlão e Aécio.
Alterando mais um pouco nossa formação, agora em 4 de junho de 2016, tentamos durante a Copa Brasil na piscina de 25 metros do Tenis Clube de Campinas, o recorde dos 4x100m medley, conseguindo um novo recorde mundial para a prova com 5’05”89. A composição da equipe era José Loro de costas – 1’14”11, Antonio Orselli de peito – 1’25”49, Paulo Motta de borboleta – 1’16”60, e eu fechando de crawl com 1’09”69.
E continuamos esta parceria vencedora no Campeonato Mundial em Budapeste, onde em 18 de agosto de 2017, vencemos o 4x50m medley, estabelecendo um novo recorde mundial para essa prova. Loro nadou costas para 34”05, Orselli o peito para 38”94, Paulo o borboleta para 32”14 e eu fechei de crawl em 31”02 marcando o tempo de 2’16”15, quebrando o recorde. De quebra a mesma formação foi vice-campeã mundial nos 4x50m livres, com o tempo de 2’05”33.
REVEZAMENTOS COM EQUIPES DE OUTROS PAÍSES
Por outro lado, tenho competido desde 2005, pelo Gold Coast Masters, clube de Fort Lauderdale, na Flórida, fazendo regularmente uma ou duas competições por ano com eles. Em 14 de outubro de 2011, no Rowdy Gaines Masters Classic, competição realizada no YMCA Aquatic Center de Orlando, Florida, nadamos e batemos o Recorde Mundial em piscina de 25 metros, do revezamento 4x200m livre 280+, fazendo o tempo de 10’28”15. Eu (66 anos) abri com 2’36”89, em seguida nadou Cav Cavanaugh (76 anos) com 2’44”11, seguido de Howard Ralston (71 anos) com 2’48”18 e quem fechou foi David Quiggin (67 anos) com 2’18”97. A nota triste foi que o recorde anterior dessa prova, 11’19”67, era da nossa equipe do Fluminense… Nesta mesma prova a equipe 200+ formada pelo anfitrião, Rowdy Gaines, também bateu o recorde mundial de sua faixa etária.
Também nadando pelo Gold Coast Masters, disputei o Panamericano de Natação Master de 2013, realizado em Sarasota, Florida entre 6 e 9 de junho, piscina de 50 metros do YMCA. Confesso que viajei para esta competição sem muitas esperanças de bons resultados. Já com 68 anos e com a concorrência dos nadadores americanos, sabia que resultados individuais seriam difíceis. Logo no primeiro dia foi a prova de 50 metros nado livre, que foi interrompida por 3 horas devido à passagem de uma tempestade pela região. Quando voltamos para a piscina eu já estava totalmente fora de concentração e só consegui fazer 32”35 na prova, um dos meus piores tempos nessa distância. Aos poucos fui melhorando e no quarto e último dia do campeonato chegamos ao revezamento 4x50m livres, 280+, com chances de recorde, desde que eu fizesse um tempo abaixo de 30”.
Fomos para a prova altamente motivados, eu com um maiô Arena Carbon novo em folha. O recorde anterior, também do Gold, era de 1’59”60. David Quiggin, 69 anos, abriu bem, com 28”67, eu fui o segundo a nadar, fazendo 29”89, melhorando quase dois segundos e meio sobre a minha prova individual. Em seguida caiu o Cav Cavanaugh que fez, para sua idade, 78 anos, um excelente tempo de 32”29. A decisão ficou nas mãos de Lee Childs, 65 anos, que fechou a prova com um fantástico 27”58. Tempo final, e novo recorde mundial, 1’58”43… Grande final de competição!
Também com os amigos do Gold Coast Master da Flórida, agora nadando pelo YMCA de Broward County, disputamos o Campeonato Nacional das YMCA’s em abril de 2010 em Fort Lauderdale, FL. Ganhamos o 4×50 jardas nado livre 65+ com o tempo de 1’45”91, e também o 4×100 jardas nado livre 65+, com o tempo de 4’03”39. Este último tempo bateu o recorde americano tanto do YMCA quanto da USMS. Nadaram David Quiggin (65 anos e 54”23), Cav Cavanaugh (74 anos e 1’01”71), Doug Brown (71 anos e 1’09”65) e eu fechei com 57”80. No revezamento 4×50 jardas, com a mesma formação, Dave abriu com 24”67, Cav fez 26”61, Doug fez 29”12 e eu fechei com 25”51. Vale lembrar que como as competições em jardas só se realizam nos Estados Unidos, um recorde americano nestas distancias também é, tecnicamente, um recorde mundial. A notar que esta foi a última competição em que os maiôs tecnológicos foram permitidos. Daí em diante todo mundo piorou, e muito, os seus tempos…
Nos Estados Unidos, outro excelente revezamento que ganhou o campeonato americano pelo Gold, em 2005, evento realizado na piscina do International Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Florida, foi formada por George Schmidt, Joel Burns, eu e David Quiggin. Foi o 4×50 jardas nado livre, para nadadores de mais de 55 anos, e nosso tempo foi 1’39”09. Vale realçar que o Joel Burns nadou a sua parte de borboleta…
Mesmo sem bater recordes mundiais, outros revezamentos são também parte dessa minha memória de competições. Lembro-me do World Master Games de 2005 em Edmonton, no Canadá. Uma particularidade dessa competição é a de podermos montar equipes de revezamento durante a sua realização, valendo mesclar nadadores de clubes e países diferentes.
Em Edmonton nadei dois revezamentos, o 4x50m livre misto, faixa 200+, composto por Aroma Martorell, Laura Vaca (do México), André Lucena e eu. Conseguimos a medalha de prata com 1’58”39, nadando como Brasil/México. André Lucena gostou tanto do Canadá que se mudou para lá…
O outro revezamento foi também algo fora do normal – foi o 4×50 livre masculino faixa 200+ e nadei pela equipe da Russia. Também conquistamos a medalha de prata com 1’49”55. A equipe era formada por Andrey Kiselev, eu, meu amigo Yaroslav Novitskiy, e Vladimir Pilipchencko. Yaroslav, que era na época o presidente da associação de natação máster da Russia, anotou meus dados pessoais e me registrou como associado, declarando o resultado como novo recorde Russo…
Mais recentemente, agora nadando pelo Oregon Masters, em agosto de 2016, nadei meu primeiro revezamento 320+, um 4×50 livre com Willard Lamb (94 anos) que fez 44”25, Frank Philipps (74 anos) com 34”75, o campeão David Radcliff (82 anos) com 33”53 e eu com 71 anos e o tempo de 32”03. Nosso resultado, 2’24”56, bateu o recorde dos Estados Unidos, e foi campeão americano.
REVEZAMENTOS COM NOSSO AMIGO LUIZ FELIPPE FIGUEIREDO
De volta ao Brasil, lembro-me de alguns revezamentos em que nadei com meu saudoso amigo Luiz Felippe Figueiredo. O primeiro quando nadamos juntos pelo C.R.Icaraí, no Campeonato Brasileiro realizado em João Pessoa, Paraiba, em 22 de abril de 2004. Ganhamos, com novo recorde Brasileiro e Sul-Americano, o 4x50m livre, faixa 240+, nadando no tempo de 1’57”40. Ficamos em primeiro lugar no ranking da FINA para 2004. Eu abri o revezamento, seguido do Luiz Felippe, depois o Marco Antonio Silva e quem fechou foi o Paulo Pierre Motta. Este recorde permaneceu na tabela por muitos anos…
Continuando, o segundo revezamento com Luiz Felippe foi no Sul-Americano em piscina de 25 metros, em Cartagena, Colômbia, em 2006. Nossa equipe era a Rio Masters, e ganhamos o 4x50m livre faixa 200+ com o tempo de 1’47”98. A equipe era composta por mim, Luiz Felippe, Marcelo “Peixe” Cruz e Gustavo Tavares.
E mais um, agora nadando pelo Tênis Clube de Campinas, em torneio da UNAMI, em 18/12/2007. Eu e Felipe com José Armando Abdalla e Antonio Marcio.
REVEZAMENTOS COM A EQUIPE DO FLUMINENSE
Nadando em Brasilia, na Copa Brasil realizada no Iate Clube, fizemos novamente um revezamento misto que foi formado por várias vezes, sempre com ótimos resultados. Neste dia, 25 de junho de 2017, vencemos o 4x50m medley, faixa 280+, com o tempo de 2’58”42. Maria Helena Padilla abriu de costas, sua irmã Bete Padilla continuou de peito, eu nadei borboleta (em 36”74) e o Gyorgy Pavetits fechou de crawl.
Neste mesmo torneio, nadamos e fomos campeões no revezamento 4x50m livre masculino, faixa 280+, com o tempo de 2’18”24. Eu abri com 32”64, Gyorgy Pavetits foi em seguida com 33”20, depois foi o campeoníssimo Zaven Boghossian (90 anos) com 44”79, e fechando Alexandre Catharino Araujo com 27”61.
Com a formação da Associação de Natação Masters no Rio de Janeiro, participei em março de 2016 de um revezamento 4x50m livre faixa 280+, na piscina do Fluminense, na primeira etapa do circuito Rio Masters. Fomos vencedores, com o tempo de 2’46”00 – eu, Lais Almeida, Luiz Carlos Marques e Fernando Carvalho.
O próximo revezamento foi campeão brasileiro na piscina do Botafogo em 01 de novembro de 2015. Ganhamos tanto o 4×50 medley (com 2’30”04) quanto o 4×50 livre (com 2’03”98) – faixa de 240+. Formado por Marcia Cristina Silva, Claudia Gomes Pereira e Paulo Motta. No livre fiz 30”89, Paulo fez 29”92, Marcinha 31”14 e Claudia 31”86. O resultado do livre foi novo recorde Sul-Americano e brasileiro.
Outro revezamento, campeão do Open Brasil em Ribeirão Preto, piscina do Recra, em 20 de setembro de 2015, 4x50m medley, faixa 280+, com eu abrindo de costas em 39”47, com Paulo Miranda de peito, Pavetits de borboleta e fechando crawl o Paulo Rezende com o tempo total de 2’40”73.
Nesta mesma competição, o Open Master na Recra, no dia 19 de setembro, 2015, nadamos o 4x50m livre misto, com a ótima equipe formada por Márcia Cristina Silva, Ana Lucia Silva, Gyorgy Pavetits e eu. Fomos vice-campeões com o excelente tempo de 2’04”01. Eu abri com 30”47, Marcinha fez 30”35, Pavetits continuou com 31”90 e Aninha fechou com 31”29. Esta prova perdemos para a excelente equipe do Paineiras que nadou com Loro, Aroma, Teca e Yamin.
Em 23 de novembro de 2014, nadamos no Campeonato Brasileiro na piscina de 25m do Radio Clube, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Nosso revezamento 280+, misto, formado por Maria Helena Padilla Costa, Maria Elizabeth Padilla, Saul Birman e eu, ficamos em terceiro lugar no 4×50 livre (com 2’49”51) e segundo lugar no 4x50m medley (com 3’00”88).
Também nadei o 4×50 medley faixa 200+, piscina de 25 metros, no Campeonato Brasileiro realizado em Brasília, no Iate Clube. Evento realizado em 15 de novembro de 2013, e ganho pela nossa equipe, Fluminense, com o tempo de 2’02”70. De costas nadou Eric Pinho (32”12), de peito Marcelo Rezende (31”79), de borboleta Marco Aurelio Dias (29”23), e eu fechei de crawl (29”56).
Outro revezamento medalha de ouro aconteceu na Copa Brasil, setembro de 2012, na piscina do Grêmio Náutico União em Porto Alegre. Era o 4x50m livre, faixa 240+, com Gyorgy Pavetits, Paulo Rezende (pai do Marcelo Rezende), João Evaristo Martins Neto, e eu. Ganhamos com o tempo de 2’08”68.
O ano de 2012 foi muito fértil em revezamentos especiais, em 23/07/2012, nadamos um 4x50m livre, 240+, na piscina do Botafogo, batendo o recorde Brasileiro e Sul-americano com Marco Aurélio Dias, João Evaristo, Gyorgy Pavetits e eu. Fizemos 1’57”48 e ficamos em oitavo lugar no ranking mundial da FINA.
No Campeonato Sul-Americano em Manaus, realizado em novembro de 2012 na piscina de 25 metros da Vila Olímpica, fizemos um excelente revezamento 200+ com Luciano D’Agostini (de Curitiba), João Evaristo, Marcelo Rezende e eu. Ganhamos o 4x50m livre com o tempo de 1’48”60. Marcelo abriu com 26”69, eu fui segundo com 29”82, João em terceiro com 27”15 e Luciano fechou com 24”94. Este tempo também nos colocou em oitavo lugar no ranking mundial da FINA em 2012.
O revezamento a seguir foi formado no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro em 2011. Faixa 280+, medalha de ouro nesse campeonato, com tempo de 2’13”22. Formado por Luiz Carlos Marques, Gyorgy Pavetits, Fernando Carvalho e eu.
A seguir um revezamento misto que nadou no Troféu Brasil em Ribeirão Preto, piscina da Recreativa, com Jose Luiz Mondelo, Barbara Langenegger, Maria Helena Padilla e eu, em 27 de setembro de 2009. Ganhamos o 4x50m nado livre, faixa 240+, com o tempo de 2’11”14.
Agora mais um revezamento na Recreativa em Ribeirão Preto. Desta vez em setembro de 2008. Com Gyorgy Pavetits, Marcia Cristina Silva, Maria Helena Padilla e eu. Novo recorde Brasileiro para os 4×50 nado misto livre, faixa 240+ com o tempo de 2’07”34.
Em Julho de 2007 formamos um revezamento 280+ com a presença de nosso colega da Bahia Lynaldo Martins, mais Saul Birman, eu e Fernando Carvalho, para disputar o 4×50 medley na Copa Brasil em São Luiz, Maranhão. Ganhamos com o tempo de 2’54”69.
No campeonato Brasileiro realizado em Novembro de 2006 na piscina do Náutico Cearense, formamos um revezamento 280+ com Luis Ricardo Simi, Saul Birman, Lynaldo Martins e eu. Pelos pés dos colegas dá prá ver que o chão estava bem quente – eu esperto estava OK com minhas sandálias…
Outro excelente revezamento, que ganhou o campeonato brasileiro de abril de 2006, realizado na piscina da Escola Naval, no Rio de Janeiro, foi o 4x50m faixa 200+ nado livre, que com o tempo de 1’49”29 estabeleceu novo recorde Sul-americano e Brasileiro. Compunham a equipe Alexandre Catharino (39 anos e 26”5), Maurício Correa (54 anos e 28”2), eu (61 anos e 27”9), e João Evaristo (46 anos e 26”8).
Neste mesmo campeonato brasileiro, em 23/04/2006, nadamos o 4x50m livre misto, faixa 240+, equipe formada por Luis Ricardo Simi, Rosangela da Exaltação, Anete Guisard Monteiro e eu. Ganhamos a prova e batemos o recorde Brasileiro com 2’14”97. Interessante realçar que os 4 nadadores que nadaram pelo Fluminense, têm origem em Taubaté e São José dos Campos, no Vale do Paraíba paulista.
Mais um quarteto que foi Campeão Brasileiro. Desta vez em novembro de 2005, no Parque Aquático “Zé Peixe” em Aracaju, Sergipe. Formado por João Evaristo, Fernando Santos, Bruno Funchal e eu, ganhamos tanto o 4x50m livre quanto o 4×50 medley. O livre no tempo de 1’52”84 e o medley com 2’11”63. Faixa 160+.
Mais um revezamento do Fluminense, desta vez no Campeonato Carioca de 28/11/2004, no Julio Delamare. Nadamos o 4×50 livre faixa 200+, com Gyorgy Pavetits, Luis Roberto “Betinho” Silva, eu e Bruno Funchal. Fizemos 1’52”39 e ficamos neste ano em quarto lugar na listagem Top Ten da FINA.
REVEZAMENTOS PELA EQUIPE DO CLUBE PAINEIRAS DO MORUMBY
No Sul-americano de 2002, realizado no Julio De Lamare, este revezamento do Paineiras ganhou a medalha de ouro no 4x50m medley com o tempo de 2’09”85, faixa 200+. Nadei borboleta em 30”97. Meus colegas foram José Armando Abdalla, Alexandre Mitzkun e José “Zebra” Loro. Ficamos em oitavo lugar no ranking mundial da FINA neste ano.
O revezamento a seguir foi formado no campeonato Brasileiro realizado na piscina do Clube Internacional de Regatas em Santos, em abril de 2001. Equipe do Paineiras do Morumby, 4x50m medley, faixa 200+, com Ricardo Canetti, José Loro, Paulo Motta e eu. Fomos campeões Brasileiros com o tempo de 2’08”88. Com esse tempo ficamos em sexto lugar do mundo no ranking anual da FINA.
Mais um revezamento do Paineiras, desta vez em Vitória, ES, no Iº Campeonato Sul-Americano (piscina curta), piscina do Clube Alvares Cabral. Em 4 de setembro de 1998, revezamento 4×50 nado livre, faixa 200+, com Leonor Fleury de Oliveira, Eliana Vaz Macia e Wilson Fábio Negrelli. Abri o revezamento com 28”38, e o tempo final foi 2’04”18 – com este resultado ficamos em 6º lugar no mundo em 1998, pelo ranking mundial da FINA.
REVEZAMENTOS COM OUTRAS EQUIPES
Disputando o Campeonato Sul-Americano de piscina curta em Punta del Este, Uruguai, em 10 de novembro de 2016, competindo pelo Brasil Masters, o revezamento formado por Gyorgy Pavetits, Ana Lucia Soldan, Arleine Rodrigues dos Santos e eu, foi campeão na faixa 280+ no 4x50m Medley Misto com 2’53”98 (em que nadei costas) e vice-campeão no 4x50m Livre Misto com 2’39”70 (em que abri com 31”61).
MEUS REVEZAMENTO MAIS ANTIGOS
O revezamento a seguir, com seus detalhes esquecidos pela distância no tempo, tem a vantagem de ter uma fotografia como registro. Trata-se de uma equipe formada para defender o ITA numa disputa com a Escola Paulista de Medicina, na piscina dessa escola, em São Paulo, nos idos de 1965. Meus colegas eram Sergio Xavier Salles Cunha (T-69), Paulo Renato Scherer (T-68) e Jorge Eduardo Leal Medeiros (T-69). Acho que ganhamos, mas falha-me a memória. Culpe-se o tempo decorrido… Em tempo, meu colega de turma do ITA, Alexandru Solomon, me informa que sim, ganhamos a prova, tendo eu fechado o revezamento nadando contra o João Radvany da Medicina (Radvany mais tarde veio a ser meu colega de equipe no tempo em que nadei pelo Paineiras do Morumby).
E muitos outros revezamentos foram nadados, alguns vencedores outros não, alguns a memória se perdeu no tempo, muitos infelizmente não chegaram a ser registrados em imagens.
Deixo a última foto que achei em meus arquivos, um revezamento nadado em dezembro de 1993, no campeonato carioca, piscina do Julio Delamare, pela equipe do Fluminense. Com Saul Birman, Alexandre Medici, eu e o Lorenzo da Hora. Não sei se ganhou, se bateu recorde; mas sei pelos sorrisos na foto que estávamos felizes por termos participado juntos desse revezamento. E isto é o mais importante…
E como essa história ainda não terminou, aqui vai mais um revezamento, nadado na quinta etapa do Circuito da FARJ, em 30 de setembro de 2017. Competição em que os diretores da FARJ me homenagearam dando o nome de Troféu José Eugenio Guisard Ferraz. Nosso revezamento 4x50m livre, 280+, foi formado por Lais, Wlad, Luiz Marques e eu. Medalha de ouro.
E nesse mesmo torneio fizemos também o 4x50m medley, alterando um pouco a equipe, com o Luiz Marques nadando costas, Saul Birman o peito, eu de borboleta e Wlad fechando de crawl. Medalha de ouro pro grupo.